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-O que aconteceu ?Ah! fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu.Comi o pão que o diabo amassô. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui bóia fria, um "gato "me arrecadou e levou num caminhão pruma fazenda no meio da mata. lá trabalhei como escravo, passei fome, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo quanto é doença. Até na cadeia já fui pará.Nóis ignorantes ás veis fais coisa sem querê fazê.A escola fais uma farta danada. Eu não devia de tê saído dauqele jeito, fessora, mas não aguentei as gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui falá direito. Ainda hoje num sei.
-Meu DEUS! Aquela revelação me virou pelo avesso. FOI demais para mim. Descontroloada, comecei a soluçar convulsivamente. Como eu poderia ter sido tão burra e má? E abracei o rapaz, que me olhava atarantado.O ônibus buzinou com insistência.O rapaz afastou-me de si suavemente.
-Chora nau fessora! A senhora nau tem culpa.
-Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu!Pensei na minha sala de aula, eu ara uma assassina a caminho da guilhotina. Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, Tu mudas, Ele muda, Nós mudamos , mudamos, mudamoos, mudamooos... Super usada, mal usada, abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna
- A língua que a criança apradeu com seus pais e irmãos e colegas , e se torna o terror dos alunos. Em vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de regrinhas astúpidas para aquela idade."Não é assim que se diz, menino !" Co mo se o professor quisesse dizer: "Você está errado ! Os seus pais estão errados! Seus irmãos e vizinhos estão errados! a certa sou eu! Imita-me! fale como eu ! Renegue suas raízes. E siga desarmado para o matadouro da vida ...

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